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Defesa de Tese — Ingryd

Hoje, 26 de agosto de 2025, ocorreu a defesa de tese de Ingryd Vanessa, com o título Detecção de fake news utilizando multi-view autoencoders

2025 defensa de tese de Ingryd

A tese propõe estratégias para fundir diferentes formas de representar texto usando autoencoders.  Ingryd propõe a adição de um componente supervisionado na função de loss do multi-view autoencoder com o intuito de gerar uma representação final mais acurada, tendo em vista que os rótulos das classes são usadas no processo de treinamento para a geração do embedding combinado. 

Esta foi a defesa de doutorado número de 675 do Centro de Informática da UFPE. E ocorreu exatamente um ano após a defesa de Juscimara (número 636) que agora é professora do CIn. Tsang e Alceu compartilharam a banca dessas minhas duas alunas. A coincidência de datas foi puro acaso!

Ingryd foi bastante resiliente ao longo do doutorado. Esta jornada começou antes da pandemia (2019), passou por todas as fases da pandemia e teve seu desfecho em um momento em que muitos já esqueceram que tivemos uma pandemia recente. Foram muitos os percalços, desafios que foram além da dificuldade inerente de um doutoramento. Esteja orgulhosa do seu caminhar, das batalhas vencidas. Os altos e baixos do processo, sejam do ponto de vista pessoal ou de pesquisa, tonaram você uma pessoa mais resiliente e uma pesquisadora mais madura. Sucesso nos próximos passos.

Parte das contribuições da tese foram publicados no seguinte artigo:

Ingryd V. S. T. Pereira, George D. C. Cavalcanti, Rafael M. O. Cruz. Multi-view autoencoders for Fake News Detection. IEEE Symposium Series on Computational Intelligence (SSCI), Trondheim, Noruega, 2025.

Mais detalhes sobre esse artigo podem sem encontrados neste link.

Agradeço ao prof. Rafael Cruz que foi o co-supervisor de Ingryd nesses anos de doutorado e a banca formada pelos professores:

— Tsang Ing Ren (CIn-UFPE)
— Adiel Filho (CIn-UFPE)
— Maira Araujo de Santana (CIn-UFPE)
— Alceu de Souza Britto Jr (PUC-PR)
— Rafael Ferreira Leite de Mello (UFRPE)

Roma, Itália (IJCNN’2025)

O Internacional Joint Conference on Neural Network (IJCNN) ocorreu na histórica cidade de Roma, Itália, de 30/junho a 5/julho com o tema All Neural Network roads lead to Rome. Este ano, o IJCNN recebeu 5526 artigos, dos quais 38% foram selecionados para serem apresentados durante o evento nos formatos oral e pôster. 

Da esquerda para a direita: eu, Rafael, Lucas e Cynthia.

O evento ocorreu na Pontificia Università Gregoriana que é uma universidade jesuíta da igreja católica, localizada no centro da cidade, na Piazza della Pilotta. Esta praça, a poucos passos da Fontana di Trevi, está localizada na encosta do monte Quirinal, a mais alta das sete colinas de Roma.

A história por trás do nome da universidade é a seguinte: em 1551, foi fundada a “Escola de Gramática e Doutrina Cristã”, por desejo de Santo Inácio de Loyola. Poucos anos depois, em 1567, o Papa Paulo V elevou a escola à categoria de universidade. Devido ao crescente número de estudantes, o Papa Gregório XIII a transferiu para um novo local construído para esse fim e, em 1584, a universidade adotou o nome de “Gregoriana” para homenagear o Pontífice.

Participar de um congresso é sempre um prazer. Mas, o sentimento que comumente aflora, durante e após o evento, faz-me perceber que preciso ler tanta coisa e isso causa uma certa dose de desconforto. Pois, essas novas e necessárias leituras, se juntam a tantas outras que ainda não consegui absorver de outros eventos e de buscas anteriores. E, nesse evento, o sentimento não foi diferente. Manter-se atualizado perante o estado da arte da área é uma necessidade e um grande desafio.

Fui co-autor de dois artigos, frutos do trabalho de meus alunos de doutorado.  Fiquei bastante feliz que eles (Cynthia e Lucas) conseguiram participar do evento e ter a experiência de apresentar seus trabalhos e vivenciar o evento. Os trabalhos foram:

— Cynthia Moreira Maia, Lucas B. V. de Amorim, George D. C. Cavalcanti, Rafael M. O. Cruz. “ PIPES: A Meta-dataset of Machine Learning Pipelines”. 

O artigo apresenta uma meta-base de dados, ou seja, uma coleção de experimentos (chamada PIPES) que contém múltiplos pipelines projetados para representar todas as combinações dos conjuntos de técnicas selecionados, visando diversidade e completude. O PIPES visa superar as limitações observadas no OpenML e fornecer uma coleção mais completa de pipelines e de resultados desses pipelines quando aplicados a diversos conjuntos de dados, facilitando a pesquisa em aprendizagem de máquina e em meta-aprendizagem.

— Lucas B. V. de Amorim, George D. C. Cavalcanti, Rafael M. O. Cruz. Meta-Scaler: A Meta-Learning Framework for the Selection of Scaling Techniques.

O IJCNN possui um track de journal-to-event que seleciona artigos publicados em um conjunto seleto de revistas para serem apresentados no evento. Este foi o caso desse nosso artigo publicado no IEEE Transaction on Neural Network and Learning System e apresentado no IJCNN. 


Clichê, mas não menos verdadeiro: Roma é realmente um museu a céu aberto. Ruínas, igrejas, monumentos, e poucas árvores, ou quase nenhuma. Quente, muito quente… não lembro de ter sentido um calor tão intenso durante toda uma semana em Recife. Lembre-se: sou nordestino. Estava realmente muito quente e minha mente dizia: continue andando e bebendo água.

Pasta, gelato e espresso. Sim, mesmo neste calor, não deixei de apreciar vários espressos italianos. Por que o espresso deles é tão melhor do que os outros? Como eles conseguem, tão naturalmente, tirar um espresso tão bom? Não sei a resposta, mas o apreciei o quanto pude.

Seria justo comparar com outras cidades? Independente da resposta, mesmo sabendo do prazer que sinto ao escutar italiano nas ruas e da pasta, tenho um sentimento que, de alguma forma, coloco Paris em outro patamar. Roma é mais antiga e se apresenta mais antiga. A história açoita o olhar em cada rua, cada esquina. Ruas antigas desafiam a modernidade com carros, motos e ônibus que pulsam, como era de se esperar para uma metrópole, e disputam espaço com moradores e muitos turistas. As calçadas de Paris são mais largas; mas, não menos lotadas. Roma and Paris are really walkable cities. E é assim que deve-se conhecê-las: andando. Desta vez, foram mais de 100km caminhados dentro do Aurelian Walls.

Defesa de Tese — Lucas Amorim

No dia 18 de fevereiro de 2025, Lucas Amorim defendeu seu doutorado com o título: Meta-scaler+: a meta-learning based solution for model-specific
recommendations of scaling techniques
.

As principais contribuições do seu trabalho foram: i) uma avaliação empírica de métodos de scaling (a.k.a normalização); ii) proposta do Meta-scaler, um framework para a seleção do melhor método de scaling e, iii) o aprimoramento do Meta-scaler com a introdução de um “espaço de classificadores” para que seja possível recomendar métodos de scaling mesmo para classificadores ausentes no treinamento do framework.

Lucas teve a oportunidade de fazer um doutorado sanduíche na École de Technologie Supérieure (ÉTS), em Montreal-Canadá, sob a orientação do prof. Rafael Cruz. Agradeço Rafael não só por receber Lucas em Montreal, mas também por aceitar ser o co-orientador e pelas inúmeras ideias brilhantes durante nossa colaboração.

Lucas é professor da UFAL e iniciou o doutorado na pandemia. Curioso o fato de ele ter se reunido presencialmente com seu co-orientador (em Montreal) antes da primeira reunião presencial comigo em Recife. Pandemic rules!

Quem quiser saber mais sobre as duas primeiras contribuições (i e ii) do trabalho de Lucas, sugiro a leituras desses dois artigos:

Lucas B.V. de Amorim, George D.C. Cavalcanti, Rafael M.O. Cruz. The choice of scaling technique matters for classification performanceApplied Soft Computing, 2023.

Lucas B.V. Amorim, George D.C. Cavalcanti, Rafael M.O. Cruz. Meta-Scaler: A Meta-Learning Framework for the Selection of Scaling Techniques. IEEE Transactions on Neural Networks and Learning Systems, 2025.

Orgulhoso do trabalho final que abriu portas para muitas outras pesquisas relevantes, desafiados e interessante!

A defesa ocorreu presencialmente no Centro de Informática, embora alguns membros da banca participaram remotamente (Carlos Soares e Luís Garcia estão ausentes da foto ao final da banca). A banca foi composta pelos seguintes excelentes pesquisadores:

Defesa de Tese — Jusci Avelino

Na última semana de agosto de 2024, mais precisamente, no dia 26, Juscimara Gomes Avelino defendeu seu doutorado com o título: Imbalanced Regression Pipeline Recommendation.

O trabalho dela versou sobre desbalanceamento em tarefas de regressão. Uma das principais contribuições da tese foi o modelo Meta-learning for Imbalanced Regression (META-IR) que usa meta-aprendizagem para recomendar a melhor técnica de balanceamento e o melhor algoritmo de aprendizagem por banco de dados.

O doutorado é uma tarefa mal-definida que requer muita dedicação, esforço e resiliência. Você não ganha um doutorado, você o conquista por merecimento (you earn it!).

Sem dúvida, a defesa é um momento único para a aluna. Mas, ressalto que para o orientador é uma jornada espetacular! Gratificante, após tantas reuniões, tantas discussões, angústias e alegrias compartilhadas, enxergar a indubitável evolução científica e pessoal, desde o primeiro relatório até o envio da tese para a banca examinadora.

Nas emocionantes palavras dela:

“Um daqueles dias que só se vive uma vez na vida!
Hoje, obtive o título de DOUTORA em Ciência da Computação.
Se anos atrás alguém me dissesse que eu chegaria aqui, eu teria duvidado. E não é apenas sobre o título; é sobre todas as habilidades que adquiri, as experiências que vivi, e, acima de tudo, as novas oportunidades que estão por vir.
A educação é um fator transformador, especialmente na vida das pessoas menos favorecidas. E eu sou prova viva disso!

Ain’t no mountain high enough
Ain’t no valley low enough
Ain’t no river wide enough”

26/agosto, coincidentemente, neste dia são comemorados o dia “Internacional da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” e o dia “Internacional da Igualdade Feminina”. Bem significativo, não?!?!

Muito feliz por ter participado e contribuído nesta sua jornada e de suas conquistas!

Agradeço ao prof. Rafael Cruz (ETS, Canadá), que foi o co-orientador e que a recebeu em Montreal durante o doutorado sanduíche. Mas, saliento que, de fato, a orientação foi compartilhada. Para o bem e para o mal, ela teve dois orientadores! 😉

A defesa ocorreu presencialmente no Centro de Informática, embora alguns membros da banca participaram remotamente. A banca foi composta pelos excelentes pesquisadores:

Defesa de Tese — Francimaria

Doze de março, aniversário das cidades-irmãs: Olinda e Recife. Olinda completa 498 anos e é a irmã mais velha; dois anos a mais que Recife.

Nesta data emblemática, depois de quatro anos, Fran defendeu seu doutorado abordando um assunto atual, importante e de alta relevância: mitigação de viés em discurso de ódio. O título de sua tese é: Hate Speech Detection and Gender Bias Mitigation on Online Social Media.

Este é um assunto vasto, complexo e desafiador que pode ser observado por vários ângulos. Dentre as várias opções, a decisão foi focar em mitigação de viés de gênero. Mas, o que é isso e por que é importante desenvolver abordagens automatizadas para tal fim? Vamos lá!

Discurso de ódio nos “empobrece” como sociedade; fere grupos vulneráveis e reforça a discriminação e a marginalização. Desta forma, um primeiro passo para uma possível ação é descobrir se um determinado conteúdo contém discurso de ódio. A questão é que estamos inundados em textos, imagens e vídeos. Assim, não é viável analisarmos (trabalho humano) cada um destes conteúdos em busca de discurso de ódio. A resposta mais direta a essa alta demanda é colocar uma “máquina” para realizar o trabalho, ou seja, automatizar.

Para esse processo de automatização, a tecnologia de ponta vigente é a aprendizagem de máquina que extrai conhecimento de dados. Por usa vez, esse dados, muitas vezes, são produzidos por humanos que não estão isentos de viés. Logo, ao treinar uma máquina com dados que possuem viés, possivelmente, este viés será absorvido pela máquina de aprendizagem.

Daí, surge a pergunta que norteou a tese de Fran: como podemos minimizar/mitigar os efeitos de dados enviesados ao treinar as máquinas de aprendizagem?

Dentre os diferentes tipos de viés, tais como: de cor, de credo, de gênero; decidiu-se investigar o último. Uma máquina de aprendizagem ao ser apresentada, por exemplo, as seguintes sentenças que não possuem discurso de ódio (<You are a great man> e <You are a great woman>), deveria dar como saída scores baixos e similares para a presença de discurso de ódio. Mas, se o score para a sentença que contém a palavra woman é bem maior que o score para a sentença que possui a palavra man, isto pode ser um indicativo de que a máquina está enviesada.

Na tese, são propostos modelos capazes de mitigar o viés de gênero e, também, são indicados caminhos promissores para o avanço da área. Mesmo focando em viés de gênero, os modelos propostos na tese podem ser aplicados a diversos outros tipos de viés com mínimo esforço.

Os seguintes professores compuseram a banca examinadora:

Mais detalhes podem ser acessados nos seguintes artigos:

Defesa de Tese — Mariana Souza

Uma parceria que começou em 2015, com o Trabalho de Graduação do curso de Engenharia da Computação do CInUFPE, hoje (30/06/2023), teve mais um passo importante. Mariana Souza defendeu seu doutorado, na École de Technologie Supérieure (ETS), Montreal, Canadá, com o título: Local Pool Generation for Dynamic Ensemble Selection.

Mariana defendeu por artigos. Ou seja, sua tese foi composta pelos artigos publicados e submetidos durante o doutorado. Tais publicações formaram o cerne da tese, e mais dois capítulos no início (Introdução e Revisão da Literatura) e um capítulo no final (Conclusão) foram adicionados para dar coesão. A defesa por tese só foi possível porque as publicações compõem um caminho, uma história que pode ser encadeada e contada com uma estrutura lógica.

O fluxograma acima mostra a relação entre os capítulos e os artigos produzidos durante o doutorado de Mariana. Mais detalhes sobre as contribuições da tese podem ser acessados nesses links: Chapter 2, Chapter 3, Chapter 4 (paper under review), Appendix I, Appendix II, e Appendix III.

A banca foi formada por Robert Sabourin (orientador), por mim e por Rafael Cruz (co-orientadores), pelo presidente (Maarouf Saad) e pelos examinadores interno (Alessandro Koerich) e externo (Carlos Soares). Agradeço a parceria com Robert Sabourin (ETS) e com Rafael Cruz (ETS) na condução deste projeto de doutoramento.

Parabéns, Mariana! Orgulhe-se sempre que fizer algo incrível; hoje é um desses dias!

Com Mariana, agora são 19 alunos de doutorado formados; destes, 2 no Canadá. A jornada continua só no início!

140 mil horas depois… professor titular!

Em novembro/2005, ingressei como professor adjunto 1 do CInUFPE e, 140 mil horas depois, em novembro/2021, solicitei progressão para o topo da carreira: a posição de professor titular.

Pelas regras vigentes, a cada dois anos pode-se solicitar progressão. Esse é o primeiro critério: tempo. Se não completou dois anos, nada feito! Após este tempo, alguns critérios são avaliados: aulas para a graduação e para a pós-graduação, pesquisa, orientação e formação de alunos, cargos administrativos, aprovação de projetos para angariar recursos, entre outros.

Se a cada dois anos a documentação necessária for devidamente processada/avaliada, a progressão é efetuada. Depois de adjunto 1, vem 2, 3 e 4. E, depois, associado 1, 2, 3 e 4. Para que se possa pleitear o próximo patamar, o de professor titular, pelo menos 140 mil horas já se passaram.

Foram duas etapas para esta última promoção. Na primeira, deve-se compor um documento contendo as atividades realizadas (e suas comprovações) para os anos anteriores desde a última progressão; no meu caso, do final de 2019 ao final de 2021. Aprovado nesta etapa, pode-se escolher dentre dois caminhos possíveis para a segunda etapa: defesa de tese ou defesa de memorial. Relutei um pouco e decidi seguir pelo caminho mais convencional: um memorial. Tal memorial deve condensar as principais atividades desempenhadas pelo candidato em sua vida acadêmica, em particular, na instituição que se encontra. Assim, um documento com mais de 1800 páginas foi gerado.

Doutores que orientei e co-orientei nos últimos 10 anos

Uma banca composta por três professores avalia o candidato, seu memorial e sua trajetória. Fiquei bastante feliz com os professores selecionados para a minha banca. Professores de destaque nacional e internacional e com carreiras acadêmicas sólidas. São eles: André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho (ICMC/USP), Alexandre Xavier Falcão (Unicamp) e Marcilio Carlos Pereira de Souto (Université d’Orléans, França). Os dois primeiros são pesquisadores PQ-1A do CNPq.

A banca ocorreu no dia dos santos Cosme e Damião (27 de setembro), em 2022. Impossível não recordar os anos que vivi perto da igreja mais antiga do Brasil, em Igarassu. Igreja que leva o nome dos santos e teve sua construção iniciada em 1535. Foi, também, nestes anos que fui agraciado com um CP400, meu primeiro computador. Após a sabatina, veio a aprovação. Mais um ciclo se fecha… como faz bem cumprir etapas!

Inevitável (que bom!) não ter dívidas de gratidão com um “bocado” de gente: painho e mainha (Vicente e Nildete), Binha, Tozinho, Deinha, familiares e amigos. Do ponto de vista acadêmico, gostaria de agradecer aos meus alunos, aos meus parceiros na pesquisa e aos meus professores. Em especial, após meu ingresso como professor no CIn, gostaria de agradecer a duas pessoas. Inden, também professor do CIn, meu amigo, pelas discussões acadêmicas ou não, nos mais diversos assuntos completamente organizados de maneira aleatória e ao mesmo tempo com um enlace lógico e racional. E, também, gostaria de agradecer a Robert, primeiro professor emérito da ETS, Montreal, Canadá. Pessoa mais apaixonada por pesquisa que conheci. Fazer pesquisa em altíssimo nível é premissa inegociável. Bem como, suas famosas reuniões intermináveis que, mesmo ao “final”, já no happy hour, não era o término da discussão científica.

Sem todos vocês, essas 140 mil horas não teriam valido a pena! Que saboreemos todos os próximos minutos! A jornada está sempre no início! Pois, ela se renova constantemente!

Defesa de tese — Thiago Moura

A defesa da tese de Thiago Moura foi realizada no Centro de Informática da UFPE em 12 de agosto de 2019. Thiago defendeu sua tese, intitulada MINE: a framework for dynamic regressor selection, sob minha orientação e com co-orientação do prof. Luiz Oliveira (UFPR).

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A foto acima mostra a composição da banca (da esquerda para a direita):

  • Prof. Tsang Ing Ren (CIn-UFPE);
  • Prof. Alceu Britto (PUCPR);
  • Prof. Luciano Barbosa (CIn-UFPE);
  • Profa. Isis Lins (Engenharia da Produção-UFPE);
  • Profa. Renata Souza (CIn-UFPE).

Uma parte da tese de Thiago foi publicada no International Joint Conference on Neural Networks (IJCNN’2019) com o seguinte título: Evaluating Competence Measures for Dynamic Regressor Selection.

Banca de doutorado no ITA

Nas vésperas do Natal de 2015 fui pela primeira vez para a cidade de São José dos Campos-SP. Essa viagem foi motivada pelo convite do prof. Carlos Ribeiro para que eu participasse como examinador externo na defesa de doutorado de sua aluna Thaís Uzun. O assunto da tese foi a detecção de comunidades que tem o objetivo de encontrar nós que são densamente conectados; essa é uma área de estudos relacionada a redes complexas.  Essa foi minha última banca de doutorado do ano.

Antes da defesa no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) , Carlos sugeriu que almoçássemos num restaurante chamado Quisque Philosofy. Restaurante com uma decoração muito agradável no estilo “colcha de retalhos”, no qual ambientes diferentes são decorados de maneira particular. Em um ambiente, grafites, noutro quadros abstratos. Um excelente restaurante orgânico gourmet; agradável recanto num bairro calmo.

Fazia um tempo queria ler o livro “Correr” escrito pelo médico Drauzio Varella. No dia anterior à defesa fui numa livraria e comprei-o. Logo pensei que seria mais um livro que iria para a estante à espera de uma pausa, sempre postergada, para finalizar sua leitura. Dos males que vem para o bem, o avião, na volta para Recife, demorou cinquenta e cinco minutos parado na pista, enquanto aguardava dois passageiros com problemas de locomoção, mais quase três horas de voo, tempo habitual da viagem para o trecho Guarulhos-Recife. Tempo suficiente para finalizar o livro numa única sentada. Esse vai para a estante com partes destacadas e as “principais partes” na memória. Sensação boa! Boa como a sensação descrita pelo autor ao acabar uma maratona. Acabei e prontamente fui modificado pelo processo. Sensação boa!

Esse foi o segundo livro de Varrela que li. O primeiro foi o “O médico doente” no qual o autor relata sua experiência como paciente após contrair febre amarela e ter um diagnóstico tardio. Assim como o primeiro livro, “Correr” é de leitura fácil e as páginas correm/voam por uma narrativa fluida permeada por sinceridade e doses de humor.

Ao terminar o livro, desejo voltar a correr. Na realidade, assim que acabei, queria correr. Correr pois compartilho com o autor experiências de autoconversa durante uma corrida. Autoconversa nem sempre consciente, mas sempre necessária.

Feliz Natal!

23|dezembro|2015